Por alguns centavos

Como já era previsto no começo do ano uma série de preços públicos antes mantidos artificialmente baixos na tentativa de corroborar com a manutenção do índice de inflação dentro da meta que permite uma amplitude de 2,5 a 6,5%, começaram a aumentar, isto já era previsto entre os analistas de economia por duas razões, a primeira é que a manutenção de preços relativamente baixos aquece a demanda pela utilização destes bens e serviços como eletricidade, combustível entre outros, a segunda é que a manutenção destes mecanismos por tempo prolongado compromete o caixa das companhias ofertantes que estão sendo obrigadas continuamente a recorrerem em socorro pelo Tesouro Nacional jogando para o contribuinte o custo do exoterismo tarifário inaugurado com Dilma.

Como se sabe, a coisa degringolou e no país e o populismo tarifário está sendo revertido neste começo de 2015, ficou claro que não repassar os aumentos de custos de produção de combustível e energia para o consumidor final além de fracassar como política de controle inflacionário, colocou a beira de um colapso a Petrobrás e o sistema Eletrobrás.

O preço é a principal informação em uma economia de mercado, ele revela se há escassez ou abundância de um determinado recurso em uma economia, visto que uma vez que haja escassez o preço sobe e o contrário também é válido. Fica claro portanto que a manipulação do sistema de preços em uma economia emite uma informação errada ao consumidor, como no caso do setor elétrico, quando mesmo com o acionamento das usinas termoelétricas e a produção de energia no limite de sua capacidade a um custo altíssimo o Ministério de Minas e Energia e a Aneel não repassaram os custos ao consumidor que seguiu aumentando o consumo dado o baixo preço da energia.

Felizmente com a entrada de Joaquim Levy no ministério da fazenda, um técnico com uma compreensão mais realista do funcionamento da economia, este sistema de represamento de tarifas está se desmanchando e o controle inflacionário voltará a ser alçada do Banco Central, entretanto vozes minoritárias começam a murmurar de dentro das universidades de todo o país sem a menor responsabilidade e um compreensão tosca e imbecil da sociedade se agarrando como em 2013 na elevação da tarifa de transporte público para se fazer ouvir suas idéias tolas e ultrapassadas que remetem sua nostalgia ao modelo soviético que manipulava preços, mas foi incapaz de promover conforto material à sua miserável população.

Em 2013 as manifestações fizeram reféns os prefeitos e governadores devido alguns centavos de reajuste do transporte público, muitos voltaram atrás e seguraram as tarifas, 2014 ano eleitoral muitos ainda para não prejudicar sua reeleição ou colaborar com a reeleição de Dilma tiraram o pé do acelerador dos reajustes postergando para 2015 a elevação das tarifas.

Em outras palavras as prefeituras de todo o país estão dando o motivo que estes grupos precisam para repetir o episódio lamentável de junho de 2013, e a sociedade precisa amadurecer que o custo virá de todo jeito, seja via elevação de tarifas, seja como contribuinte onde as prefeituras e os governos acabam tirando dinheiro do orçamento (saúde, educação entre outras) para colocar no sistema, portanto o reajuste está dado, o preço do ônibus precisa aumentar e isto não se trata de uma decisão política, mas sim econômica, nada de manifestações nem chantagens!
Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*

*

*