Revisão da meta fiscal é acertada

O governo anunciou agora a pouco a revisão da meta fiscal de um déficit de R$139 bilhões para R$159 bilhões em 2017 e 2018 (leia aqui). A decisão foi acertada, tanto no que se refere ao número, uma vez que uma revisão acima dos R$20 bilhões, acirraria o pessimismo nos analistas, quanto ao empenho do governo em ajustar as contas. Tanto em relação à estratégia política, uma vez que a não revisão da meta indicaria novas elevações tributárias, que seriam a óbvia alternativa para tentar fechar as contas na meta antiga.

Novos impostos, iriam aprofundar a recessão do país, e nada garante que seriam eficazes no objetivo de manter o déficit fiscal dentro da meta antiga. Ademais, o governo deve mirar seu capital político na reforma da previdência, que deve ser votada em outubro, por enquanto, nada garante que o governo tenha votos para aprova-la, o que significaria um desastre no ajuste fiscal de longo prazo do país. Para tanto a estratégia de revisar a meta fiscal já é absolutamente inteligente, com isto, o governo não aprofundam a crise e lhe permite trabalhar no congresso para aprovar a reforma da previdência.

O erro se deu em anunciar novos impostos sobre fundos de investimos leia mais aqui, isto deve desestimular a poupança, já bastante baixa no Brasil. A poupança é a responsável pela crescimento de longo prazo das economias. Sociedades que poupam pouco, crescem pouco. Portanto, seria o momento do governo promover junto ao ajuste fiscal, medidas que estimulem a poupança, a produtividade e o crescimento, sem isso, trajetórias medíocres de crescimento nos esperam e, novos problemas fiscais serão inevitáveis.

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