Programa Política Cruzada

Nesta quinta feira (17/12) o economista Benito Salomão concedeu uma participação exclusiva para o programa Política Cruzada da TV Record; a entrevista de pouco mais de 40 minutos foi comandada pelo Jornalista Rick Paranhos e abordou um tema da maior relevância para o município de Uberlândia; a crise orçamentária pela qual passa o município.

 
Na ocasião o economista que se debruçou ao estudo das finanças do municípios nos últimos 15 dias pode elencar quais fatores são verdadeiros e quais não são no argumento oficial do Prefeito Gilmar Machado e da sua Secretaria de Finanças de que a crise se deu pela queda nas receitas transferidas dos governos federal e estadual para o município.

 
Benito Salomão pôde dizer no programa que segundo os dados o problema da cidade de Uberlândia pelo lado das receitas é de natureza estrutural; onde mais de 60% das receitas correntes são compostas por transferências; ficando apenas 20% representadas pelos tributos de natureza municipal que são o ISS; ITBI e o IPTU; sendo este último um imposto bastante sub aproveitado no município e representando um montante muito pequeno na arrecadação.

 
Na verdade; segundo o economista; o problema orçamentário que se deu na cidade de Uberlândia está do lado das despesas que apresentaram um avanço acima do previsto incialmente e acima das receitas. Sendo que as despesas que mais cresceram no município são as correntes; compostas por despesas com pessoal; com terceirizações; com repasse a organizações filantrópicas e contratação de prestadores de serviços, em prejuízo das despesas de capital (investimentos).

 
Outra questão que preocupa; na visão do economista é o acúmulo de restos a pagar que triplicaram de 2014 para 2015 quando comparados com os de 2013 para 2014; o economista alertou que  este ano esta variável deve continuar apresentando alta e que a mera utilização de receitas do IPVA como sugerida pelo prefeito Gilmar Machado ano que vem; sem uma contrapartida em corte de gastos pode não solucionar o problema e os montantes de restos a pagar com o crescimento das receitas de capital (empréstimos) contraídos neste período e no ano que vem poderiam complicar ainda mais a situação fiscal do município a partir de 2017.

 
O último bloco do programa foi direcionado para uma discussão mais livre a respeito da conjuntura macroeconômica do país; onde o economista apontou alguns problemas e fez uma orientação sobre a breve história da política macro além a crise política que alimenta a crise econômica.
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