As 4 Prioridades Econômicas.

Recentemente utilizei este espaço para escrever um artigo denominado “desafios do próximo prefeito” realizei um exercício intuitivo na tentativa de propor medidas que pudessem corroborar com a solução do problema orçamentário na cidade de Uberlândia, este artigo vai no mesmo sentido, trata-se de um esforço que tenho feito para não me restringir à traçar diagnósticos, por mais importantes que sejam, o momento pede mais do que boas explanações sobre as patologias econômico-sociais, mas também tratamento para as mesmas.

 

Dado os problemas orçamentários pelos quais passam grande número de governos subnacionais no Brasil, que apresentei no artigo anterior e a queda livre pela qual passam todos os indicadores macroeconômicos, a tarefa de governar vai exigir criatividade, estratégia, prudência e ousadia do prefeito que suceder a atual administração. 4 são as prioridades que aqui traço como sendo fundamentais para que o município sobreviva à crise que está posta com o mínimo de danos possíveis à população.

 

1° – Fortalecimento do orçamento municipal, nos primeiros 18 meses de governo para então recuperar a capacidade de investir nos próximo 30 meses finais. Isto perpassa em fortalecer a capacidade de gerar recursos próprios na cidade cujo o orçamento é dependente em ¾ de recursos transferidos, além de um combate minucioso ao microdesperdício e à sobreposição de programas.

 

2° – Atração de investimentos de novas empresas, um dos grandes pecados da atual administração de perfil estatizante, esta prioridade além da sua importância sob forma de geração de empregos e melhoria no perfil de renda da cidade, gera um fator adicional, por força de lei, 25% do ICMS arrecadado pelo governo estadual deve ser transferido aos municípios e destes, pelo princípio da derivação, 75% devem ser devolvidos aos municípios de origem, significando portanto, que a atração de investimentos de empresas irá colaborar com o fortalecimento do caixa da prefeitura.

 

3° – Reforma Urbana, perpassa no primeiro momento pelo estancamento do processo de favelização pelo qual Uberlândia está passando neste governo, a cidade não tem condições nem financeiras, nem estruturais para arcar com o volume de famílias que aqui estão desembarcando e formando moradia de forma precária e em condições subumanas sem acesso à infraestrutura básica e sobrecarregando a nossa rede municipal de serviços públicos que no passado recente funcionava razoavelmente. No momento seguinte, este processo deve contemplar ainda o combate à especulação e à ociosidade imobiliária, além de promover à revitalização de espaços estratégicos como o centro da cidade.

 

4° – Parcerias Público Privadas, ponto fulcral para o sucesso das demais, mas ancorado em uma proposta moderna, no intuito de avançar sobre a criação de uma cidade sustentável, numa conjuntura de escassez de água, muito pouco se fez na despoluição do nosso principal rio, além da necessidade de se planejar a infraestrutura de transporte para os próximos 30 anos, tudo isso somado a falta de recursos somada à necessidade investimentos de larga escala.

 

Estas são questões prioritárias, muito mais voltadas a azeitar a máquina pública para que ela se fortaleça, e menos voltadas para as questões de varejo do setor público como saúde e educação que também são importantes, tema para um próximo artigo.
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