Causas do baixo crescimento

Encerrado 2014, o Brasil terá experimento seu período de menor crescimento desde o governo Fernando Collor de Melo 1990 – 92, não obstante, por trás do baixo crescimento econômico atual não configura apenas fatores conjunturais como a lenta recuperação dos países desenvolvidos e a rápida deterioração das condições macroeconômicas dos emergentes.

Por trás das baixas taxas de produto acumuladas pelo governo Dilma Rousseff podemos elencar fatores estruturais da economia brasileira e que remetem escolhas equivocadas ao longo dos 12 anos de governo petista no Brasil.
A insistência em forçar um crescimento econômico com base na expansão do mercado doméstico via ampliação de uma já generosa rede de proteção social que compreende não apenas a ampliação do programa bolsa família, mas também o crescimento real do salário mínimo e seu impacto na previdência social demonstraram sua incapacidade de sustentar taxas elevadas de crescimento ancorado na expansão do consumo. Frente a isto, poderia ter se optado por investimentos em ganhos de produtividade do trabalho de forma a garantir maior competitividade das nossas empresas e incentivar os investimentos.
O pleno emprego visualizado na economia brasileira nos remete que maiores taxas de crescimento no futuro só serão viáveis se vultuosos investimentos em ganhos de produtividade sobre a massa empregada forem realizados. Isto implica em melhorar as condições da produtividade da porta para dentro e da porta para fora da firma.
Ao analisarmos as condições internas da empresa, devemos ressaltar que a produtividade do trabalhador brasileiro está bem aquém do necessário para projetarmos nossa economia de forma competitiva ante os países desenvolvidos e emergentes. A solução disto perpassa por uma ampliação do acesso a educação de nível técnico e superior e uma evolução qualitativa desta. Em outras palavras, não basta abrir vagas em universidades, é necessário planejar de forma que estas vagas atendam a vocação econômica de cada região e os profissionais formados sejam absorvidos como força de trabalho.
Da porta para fora, é necessário que investimentos em infra estrutura expurguem de nossa economia de vez os apagões logísticos e energéticos da nossa economia que são marcas dos governos petistas e quebram a espinha dorsal dos investimentos produtivos no país visto os altos custos de transportes e eletricidade que apresentamos.
Ainda sobre as causas do baixo crescimento podemos identificar a inconsistência na combinação das políticas monetária e fiscal sobretudo a partir do 2º governo Lula, onde a expansão do gasto público de má qualidade colaboraram para a manutenção de altas taxas de juros fator determinante como inibidor dos investimentos privados visto que elevam os custos de oportunidade. O ideal neste caso seria exatamente o oposto, uma política de austeridade fiscal que permitisse a queda na dívida pública e da taxa de juros cedendo espaço para que o setor privado capitalize os investimentos necessários para elevar o crescimento.
A combinação de uma ampla rede de seguridade social, com baixo investimento em produtividade condenam nossa perspectiva de crescimento econômico por via do fator trabalho, e a combinação perversa de altas taxas de juros com política fiscal expansionista inibe a formação de poupança doméstica fundamental para o crescimento via maior eficiência do fator capital.
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