O descontrole fiscal por um lado, provoca aperto monetário de outro, não é atoa que o governo desenvolvimentista de esquerda do PT não consegue explicar os juros mais altos do mundo que eles herdaram e que estão deixando de herança para o próximo presidente que assumir.
O fato é que os 12 anos de populismo no Brasil se esgotaram, basta olhar pra nossa taxa de investimento que a 20 anos estacionou nos 19% do PIB e vai se manter assim se novas iniciativas pró mercado não forem acionadas. O consumo em bens duráveis que segurou o “novo milagre” de 2010, assim como em 1975 não poderá ser ampliado indefinidamente. As exportações começam a ser uma alternativa atraente a medida que a economia americana apresenta sinais de recuperação, para isto entretanto é preciso que o governo faça o que não fez até aqui, invista em ganhos de produtividade para que possamos competir, já que a mera manipulação do câmbio se mostrou um artifício tolo.
O fato é que ou o governo muda a economia ou a economia muda o governo, pois é dada a necessidade de se recuperar a credibilidade no orçamento fiscal do governo, para isto é importante que se persiga o déficit nominal zero das contas públicas, é preciso ainda que se consolide a inflação na meta e se construa uma meta de longo prazo para a inflação no Brasil, que se estimule o setor exportador industrial através de ganhos de produtividade e não do recorrente protecionismo para que vislumbremos uma taxa de juros declinante ao longo dos próximos anos, tudo isto sem se esquecer das reformas microeconômicas que foram esquecidas da pauta mas essenciais para impulsionar nossa economia.
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