Palácio do Planalto, 2014

Publicado no Jornal Correio de Uberlândia em 05/10/2017

As peças do tabuleiro de Xadrez eleitoral já estão se movimentando desde 2012 quando Lula apostou em Fernando Haddad para vencer São Paulo e assim quebrar uma das últimas pernas firmes da oposição em 2014, o tucano Geraldo Alckmin que completará 20 anos de governos tucanos no mais importante estado do país. Não contava Lula que a eleição de São Paulo lhe custaria derrotas por todo o restante do país, Manaus, Salvador, Recife, BH, Fortaleza entre outras cidades demonstraram ao ex presidente que não é tão invencível como ele se auto considera.

 

Desde então o medíocre desempenho de seu governo e de sua afiliada política tem colocado cada vez mais em Xeque a reeleição de Dilma Rousseff que vem passando por um momento delicado de seu governo onde a baixa popularidade é reflexo do amadorismo administrativo que é a marca dos 12 anos de PT no Planalto. A corrida presidencial começou então com vários participantes, naturalmente na dianteira a candidata governista se mantém á frente, já que goza de toda a estrutura institucional que a sustenta e segundo pesquisas realizadas, tem em torno de 37% das intenções de voto. Seguida por Marina Silva que devido a seu bom desempenho na eleição passada, apresenta algo em torno de 17% que a esta altura se deve ao fato de ser a candidata mais conhecida das oposições, Em um cenário onde José Serra aparecia como candidato do PPS, teria 15% dos votos, seguido por Aécio Neves com 12% e lá na lanterna das pesquisas de opinião Eduardo Campos teria 5% dos votos. Dado este cenário, um segundo turno parecia certo no pleito do ano que vem.
Isto tudo, entretanto, é uma grande besteira, afinal o percentil que interessa é o que teremos nas vésperas das eleições, mas as mudanças no tabuleiro de fim de prazo de filiações para candidaturas o ano que vem, alterou completamente o cenário que se colocava, já que reduziu o número de candidatos das oposições possíveis de 4 para 2. Agora só podemos ter ou Serra ou Aécio pelo PSDB, e Marina e Eduardo Campos pelo PSB. Do lado governista, penso que Dilma não terá mais do que 40% do total te votos, o cansaço pelos 12 anos de PT, somado a má gestão do país refletida no bolso do trabalhador, lhe darão este teto, que embora lhe conceda vantagem no primeiro turno, lhe colocará em dificuldades no segundo.
Campos teria potencial para crescer sem a presença de Marina na chapa, com sua presença, entretanto, se torna um provável disputante do segundo turno contra a presidente, separados, penso que Campos teria potencial para uns 12% do total de votos e Marina 10%, juntos sua chapa teria no mínimo 20% dos votos. Aécio, e o PSDB, na minha opinião por ser de um partido historicamente de oposição teria um piso de 25% dos votos que é coerente com as candidaturas do PSDB em primeiro turno desde sempre. Portanto teríamos um empate técnico, entre as duas candidaturas de oposição nas vésperas das eleições. Dados estes 85% de votos consolidados já em setembro de 2014.
Os 15% de indecisos decidirão na minha opinião quem irá para o segundo turno, Por ser novidade e ter menor rejeição, Campos poderá levar a melhor deixando o tucano de fora do segundo turno. Já Aécio, para dar uma maior densidade á sua chapa, deveria tentar convencer Serra para ser seu vice, até onde as mágoas deixariam que este projeto se viabilizasse eu não sei, mas pode ser a única saída para o PSDB não dar vexame em 2014.
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