Mas se os Estados Unidos se enfraqueceram no lugar de fortalecer o seu comando em relação ao mundo após o fim do império soviético, se enfraqueceu em relação a quem?
Em primeiro lugar a criação da União Européia como um megabloco político e econômico revigorou a importância do velho continente na tomada de decisões internacionais, por outro lado parte da geopolítica internacional foi deslocada para o sudeste asiático, onde os tigres, a China, a Índia e o Japão ganharam uma enorme importância, além disso temos a Rússia como herdeira da União Soviética sendo uma potência energética e militar e por fim temos os novos emergentes, países como Brasil, Africa do Sul, México e Austrália que aspiram um lugar de maior destaque – e reunem condições para isso – nas relações internacionais.
Portanto a percepção de que o Brasil hoje é mais respeitado do que ontem é mera ilusão de óptica, pois respeito o país sempre teve diante de outras nações, o que surgem agora são oportunidades impensadas a anos atrás, onde os Estados Unidos não conseguem mais de maneira isolada tomar decisões por uma gama de países e acaba recorrendo a novos atores, e o Brasil daqui em diante exercerá uma influência ainda maior no cenário externo, independente do governo, isso se dá devido ao arcabouço internacional já consolidado no país, somos uma democracia, de costumes e práticas confluentes com as potências ocidentais e uma economia estável, ou seja, temos a faca e o queijo na mão para assumirmos um papel relevante na cena externa e tenho segurança quanto a isso, o que não se pode a partir de agora é praticar os equívocos diplomáticos que cometemos até aqui, episódios como Honduras, e companias como Irã e Venezuela devem fazer parte do passado.
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