Repensando o futuro

Publicado no Jornal Correio em 13/10/2010
Encerrada a apuração dos votos das eleições deste ano podemos contabilizar prejuízos consideráveis a base de apoio do presidente Lula no Brasi e de sua candidata a presidência da republica Dilma Roussef.

O PSDB e o DEM, partidos de oposição ao presidente fizeram em primeiro turno seis governadores estaduais, os tucanos elegeram Geraldo Alckmin em São Paulo, Antônio Anastasia em Minas Gerais, Beto Richa no Paraná e Siqueira Campos em Tocantins foram eleitos em primeiro turno, do lado democrata a oposição fez Raimundo Colombo em Santa Catarina e Rosalba Ciarllini no Rio Grande do Norte.

Ainda na contabilidade do lucro oposicionista temos no segundo turno cinco candidatos concorrendo em seus estados, no Pará, em Goias, em Alagoas, candidatos tucanos disputam em vantagem pelo segundo turno, em Rondônia e no Piaui foram na segunda posição.

Além da vitória nos estados, o oposição está no segundo turno da eleição presidencial, José Serra contrariou todas as expectativas e pesquisas de intenção de votos e disputará com chances de vencer as eleições do próximo dia trinta e um.

Entretanto se a oposição foi bem sucedida em manter suas posições e trincheiras de resistência contra o forte rolo compressor estabelecido no palácio do Planalto, o pleito não foi feito só de vitórias, algumas baixas importantes atingiram líderes importantes da oposição principalmente na região nordeste.

Importantes senadores como os tucanos Tasso Jereissati e Artur Virgilio e os democratas Cesar Maia, Heráclito Fortes e Marco Maciel foram derrotados em seus estados, após sofrerem uma enorme truculência por parte do ódio e rancor sanguinários alimentados pelo presidente Lula que pela sua postura gostaria de ter durante seu governo um senado de joelhos a sua vontade e a vontade de seu grupo político.

Não há duvidas sobre o espirito publico e o apreço democrático do presidente Lula, mas ele tem extrapolado na falta de compostura nestas eleições, ele se dedicou por todo o país a fazer campanha ilegal por dois anos a sua candidata, isto sem contar na tentativa de massacrar a oposição e esta tatica só não funcionou melhor por que no sul e no sudeste houve forte resistencia.

O fato é que se apurados os votos nas urnas a certeza que nos é transmitida é que a qualidade do congresso que assume a partir de 2011 é nitidamente inferior do que a qualidade do congresso que encerra sua legislatura em 2010, mesmo a atual composição do legislativa não sendo qualitativamente das melhores.

O congresso perde em qualidade ao passo que em um eventual governo Dilma a oposição a nivel de legislativo entra cambalida com bancadas menores ano que vem em relação as vigentes, por outro lado em um governo Serra as alianças com partidos hoje da base do governo Lula deverão ser costuradas, o que não chega a ser uma dificuldade em um eventual governo tucano mediante ao alto grau de fisiologismo presente nos partidos da atual base de sustentação do atual governo.

É importante em uma democracia haver harmonia entre as forças que interagem no processo politico, para tanto é fundamental que haja no país um governo que tenha margem para realizar as reformas que interessam ao país, mas é de igual importancia que a oposição seja vigorosa para evitar possíveis e prováveis exessos de um poder sobre o outro, a futura composição do congresso portanto não interessa ao jogo de forças da democracia.
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