Entretanto o que testemunhamos nas urnas apuradas no ultimo dia 3 de outubro não correspondeu ao bom momento vivido pela cidade de Uberlândia, onde a candidata do PT a presidência da republica Dilma Roussef venceu o tucano José Serra apoiado pelo prefeito e também por mim na cidade de Uberlândia, na disputa estadual o governador Antônio Anastasia ficou atras do ministro Helio Costa, além da votação de Fernando Pimentel ter sido expressiva na cidade mesmo o candidato sendo desconhecido na cidade e tendo visitado por poucas vezes Uberlândia, dentre os deputados eleitos a situação é mais delicada para o grupo da atual administração, dos 6 deputados eleitos da cidade 4 são de partidos adversários.
Mediante a esta realidade podemos estar nos perguntando, o que faltou em Uberlândia para uma vitória triunfante do grupo politico que ocupa o poder municipal? O trabalho realizado é bem avaliado pela maioria esmagadora da população, os esforços feitos por todos os apoiadores e pelas lideranças foi exaustivo, logo podemos concluir que faltou coesão entre as bases partidárias, a militância não foi convidada para participar ativamente da campanha e mesmo tendo participado, o fez de maneira dispersa e sem planejamento, os talentos e a liderança individual de cada apoiador das candidaturas em discução não foram otimizadas nestas eleições e o resultado está explícito, a conclusão que nos remete a reflexão é de que mesmo com um importante trabalho sendo feito e percebido pela população, a disciplina, a articulação entre as diferentes campanhas e a organização adversaria prevaleceu sobre todos os esforços dispersos dos partidos de oposição a Lula.
Este efeito não pode ser no entanto considerado privilégio apenas da cidade de Uberlândia, em todo o estado, ou até mesmo em todo o país houve um certo receio das forças de oposição em enfrentar a popularidade do presidente Lula num cenário inusitado onde tradicionais líderes oposicionistas hesitaram me fazer oposição e acabaram por perder a eleição em todo o país.
Mediante a isto me preocupo com a sucessão do prefeito Odelmo em 2012, se por um lado a oposição municipal saiu maior do que entrou na disputa deste ano, por outro lado não há atualmente uma liderança politica na situação com envergadura e peso político capaz de conter o avanço dos adversários na cidade.
Fosse eu o prefeito Odelmo e os caciques dos partidos que o apoiam começaria hoje a discutir e investir em novas lideranças para herdarem o legado de Virgilio Galassi, Paulo Ferolla e do próprio Odelmo na cidade, antes que esta herança de décadas de trabalho se perca sob a forte industria de fazer politica organizada pelos partidos de oposição em Uberlândia.
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