Visivelmente nervoso e em tom agressivo, o ex presidente Lula mudou a estratégia em seu segundo depoimento ao juiz Sergio Moro. Diferentemente do primeiro depoimento, onde o ex presidente utilizou tom político e se lançou pré candidato, desta vez, atacou o ministério público, a justiça e até ex-aliados.
Esta postura não é diferente de outros momentos onde o ex presidente se encontrava em situação de dificuldades. O velho maniqueísmo de se culpar as elites, a imprensa, o grande capital, os Estados Unidos é a velha estratégia das esquerdas mundiais. Com Lula não é diferente, autor do velho bordão “nunca antes na história deste país” e arquiteto da odiosa política do “nós contra eles” volta a utilizar esta estratégia.
Desta vez, o maniqueísmo passa de todos os limites, menosprezando a inteligência do juiz e da opinião pública, o ex presidente pede que o ministério público lhe peça desculpas e acusa um eventual pacto de sangue entre o MP e seu ex ministro da fazenda Antônio Pallocci.
O fato é que com a prisão decretada no caso do Triplex do Guarujá, uma nova sentença deverá criar novo revés ao presidente no caso do terreno do Instituto Lula. Independente de pendências jurídicas cada vez mas espinhosas às pretensões eleitorais de Lula, a delação de Pallocci é uma pá de cal na sua candidatura. O PT, se quiser sobreviver eleitoralmente, deve buscar imediatamente uma alternativa à Lula.
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