13/12 o dia que não acabará
Durante todo o ano; a sociedade civil se mobilizou seja através dos 3 protestos de projeção nacional que aconteceram por todo o Brasil; seja através da peregrinação do Movimento Brasil Livre que se encerrou em Brasília com o protocolo de um pedido de impeachment contra o governo que aí está; ou seja ainda pelas manifestações espontâneas de panelaços e buzinaços que se deram durante algumas manifestações públicas da presidente.
Enquanto isso a economia piorava trimestre após trimestre; mês após mês; um ano que começou com uma perspectiva de crescimento de -1%; inflação de 7% e meta fiscal de 1,2% está terminando com -4%; 10% e menos -1,5% respectivamente; um verdadeira fracasso sob qualquer perspectiva; seja do ponto de vista econômico; ou ainda sob o prisma do ajuste que se pretendeu fazer na economia brasileira.
Enquanto isso os nossos políticos não se entendiam e os desentendimentos que se deram entre os poderes executivo e legislativo atrapalharam e muito o desencadear da crise que depende muito mais de reformas e muito menos da vontade de um ministro da fazenda para deixar de existir.
O impasse está dado; e a incerteza é grande de todos os lados; a oposição e as forças ligadas aos dissidentes da base perderam musculatura nos últimos meses, o governo; entretanto; não foi capaz de reunir novamente sua base para imprimir uma agenda de reformas impopulares à curto prazo mas necessárias para a superação da crise e para o restabelecimento da confiança e do crescimento no longo prazo.
De todos os cenários que podemos traçar diante desta realidade; o pior de todos é que as coisas continuem como estão; com executivo e legislativo desmoralizados para liderar o processo reformista da economia e incomunicáveis pelas disputas pessoais do Presidente da Câmara e da Presidente da República.
Isto coloca sobre os ombros da sociedade civil um desafio muito grande; pois será o mesmo povo que esteve omisso durante o mensalão; durante o uso da máquina pública em benefício particular do ex presidente Lula para dar sequência à seu projeto de poder; que agora dará o ritmo e a direção do futuro do país.
Digo com isto; que se domingo dia 13/12 nós não comparecermos às ruas em todo o Brasil e em massa; as forças políticas que sustentam a presidente Dilma ganharão fôlego; não para governarem e tocar a agenda de reformas; mas para sobreviver diante da mesma inércia que tem ceifado empregos; destruído pequenos negócios e diminuído o bem estar geral da população.
Vejam com isto que ao final de 2016 o Brasil terá um PIB igual ao que tinha em 2011; o popululismo atirou o Brasil em outra década perdida; que está nas mãos do povo agora reverter este cenário; sempre tendo em mente que a cada mês que a situação não se resolve; os custos para solucioná-la a diante vão se tornando maiores.
O impeachment da presidente Dilma não significa que os muitos problemas da economia brasileira estarão solucionados; isto será visto depois; se o que vier a substituir conseguirá formar uma coalizão que governe, entretanto; a permanência da presidente Dilma significa que estes problemas não serão solucionados; por que ela e seu partido estão incomunicáveis com a sociedade e com as instituições.
É preciso portanto ir as ruas; a sociedade civil; as entidades representativas; empresariais; sindicais; religiosas; os partidos de oposição; todos juntos em busca de um amanhã melhor.
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