Juros, Moeda e Ortodoxia

Autor: André Lara Resende – É PhD em economia pelo MIT, foi diretor do Banco Central e um dos formuladores do Plano Real.

Ano de Publicação: 2017

Avaliação: ****

Descrição: O livro exige do leitor um conhecimento prévio em economia devido à sua riqueza teórica. Na primeira parte, o autor resgata um clássico debate da literatura brasileira sobre o desenvolvimento, protagonizado por Roberto Simonsen e Eugênio Gudin. André Lara tenta resgata o legado de Eugênio Gudin que, durante décadas, foi tratado na literatura da área como um defensor do agronegócio e crítico da industrialização. O autor resgata também um debate histórico entre os primeiros monetaristas como John Locke e o pensamento alternativo que estabelecia o juro como instrumento utilizado para relações monetária defendido por Wicksell.

A partir de então o autor desenvolve seu argumento principal no livre, ancorado na crítica ao que ele chama de “velha ortodoxia”, caracterizada pelo framework teórico da Teoria Quantitativa da Moeda e que o autor considera sepultada. O autor critica a clássica relação entre meios de pagamento e inflação, para ele, que se fundamenta na Teoria Fiscal dos Níveis de Preços de Cristopher Sims, a inflação possui causas fiscais que não podem ser negligenciadas. O argumento dele é que se a inflação possui causas fiscais, não há motivos para o conservadorismo do Banco Central em manter a taxa de juros alta por tanto tempo.

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