Parcerias Estratégicas.

Publicado no Jornal Correio de Uberlândia em 03/11/2016
 

Nos ultimos 2 meses, ocupei este espaço para traçar diagnósticos e propor medidas que fossem, capazes de equilibrar as contas da prefeitura sabidamente deficitárias, e

 

quilibrar o orçamento talvez seja uma tarefa mais extensa do que difícil, basta que o próximo prefeito e a próxima secretaria de finanças sigam o roteiro apresentado nos últimos 5 artigos publicados neste espaço, e a prefeitura terá, de forma gradual, reequilibrado suas contas.

 
Mais problemático do que o equilíbrio das contas, será a reestruturação dos serviços públicos e da capacidade de investimento da prefeitura de Uberlândia, ou seja, fazer com que o ajuste das contas não seja sentido de forma mais dramática pela população, sobretudo a mais carente cujo a dependência dos serviços públicos é maior. Neste 6° artigo propositivo, será feito um esforço de encontrar uma solução para

 

este desafio, escrito em Córdoba (Argentina) onde participo de um seminário internacional de finanças públicas, cujo boas ideias surgiram ao longo dos 3 dias de debates com economistas argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos e espanhóis.

 
A principal conclusão desta maratona de conversas, palestras, almoços e jantares foi que os governos não serão capazes de atender as demandas de suas populações sozinhas, será preciso somar esforços com o setor privado, com organizações sociais, com instituições do terceiro setor e instituições gerais para ganhar escala, reduzir custos e auferir eficiência ao serviços público.
 
Falando concretamente, a primeira parceria estratégica para a prefeitura de Uberlândia é com a Universidade Federal de Uberlândia, agora com o resultado conhecido da eleição para a reitoria, pode-se vislumbrar um trabalho em conjunto em pró da saúde pública, dado que a reestruturação do Hospital de Clínicas é condição sine qua non para o restabelecimento funcional do serviço de saúde no município.
 
Uma outra parceria estratégica que a prefeitura deve buscar, são com organizações internacionais de fomento, como por exemplo, o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Parcerias com estas instituições interessam muito ao município, não apenas para financiar alguns investimentos necessários para acompanhar o aumento da demanda por serviços públicos, mas também para trazer técnicas de governança pública desenvolvidas em outros lugares do mundo para o nosso município. Diante disto, me valho das palavras do Prof Otaviano Canuto, diretor executivo do World Bank, ao afirmar que a instituição é como um beija flor, que leva técnicas inovadoras de gestão dos países uns para os outros.
 
Em Córdoba, conheci o interessante trabalho do Banco de Desarrollo de América Latina, que fomenta projetos de infra-estrutura em cidades de todo o continente, canalizando recursos captados a baixo custo para municípios com projetos viáveis de investimentos. O Banco é chefiado por uma economista colombiana, com quem tive a oportunidade de conversar e apresentar o potencial de Uberlândia, e que recebeu com entusiasmo o potencial do município.

 

 
Colocar o orçamento no azul não é difícil, em dois anos, com as reformas aqui propostas se chega lá, colocar o orçamento no azul e expandir a oferta de bens e serviços públicos, além da infra estrutura urbana, é um desafio muito maior, vai exigir do prefeito parcerias estratégicas, e trabalho em equipe para trazer recursos e técnicas que há de melhor no mundo para a cidade.
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