O economista e empresário Benito Salomão conhecido por defender convictamente o modelo parlamentarista como sendo mais viável para a organização política mais civilizada frente ao atual presidencialismo considerado por uma parte crescente da opinião pública foi convidado pelo PSDB Uberlândia a participar de um debate sobre a viabilidade deste modelo político com o ex ministro Pimenta da Veiga.
Após uma longa e bem feita explanação à cerca da importância e viabilidade do parlamentarismo, o ex candidato tucano afirmou que a mudança de regime político é a chave para que o Brasil vença a crise política e possa concentrar esforços nas reformas e no ajuste que são demandados hoje pela crise econômica.
Por conter uma burocracia estável, o gabinete executivo composto pelo primeiro ministro e pelo corpo ministerial, é subordinado ao parlamento que pode pedir e votar um voto de desconfiança sob quaisquer circunstância, seja ela a suspeita de um crime cometido, ou a incompetência e a inoperância frente às demandas sociais ou a gestão da economia, com isso, não se faz necessário que um governo ruim permaneça até o fim de um mandato estipulado, causando enormes transtornos para o desafortunado país.
Na sua oportunidade de fala, Benito Salomão, até por dever de ofício lançou como elemento complementar e simultâneo para o rompimento da crise longeva que o país atravessa, a mudança do regime político apontada por Pimenta, além da mudança do regime econômico para o capitalismo de “vias de fato”.
Explanando sua tese de que o Brasil possui pequenas ilhas de capitalismo desenvolvidas ao longo do seu território, é na verdade em maior parte, uma república cujo o regime econômico é uma espécie de “Feudalismo Assistencial” na qual desde o maior empresário do país até as massas de 50 ou 60 milhões de pessoas estão acostumadas a ganhar algum tipo de benefício direto ou indireto do Estado, num regime de vassalagem entre o governo e grupos de interesse diversos, a abertura da economia, a liberalização e a meritocracia seriam neste aspecto essenciais para o rompimento da crise e para o desenvolvimento futuro.
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