Entrevista à TV Band

Na noite do dia 20/08/2015 o economista Benito Salomão foi convidado para uma participação ao vivo no telejornal Band Cidade da TV Bandeirantes onde pôde explanar sobre a crise pela qual está passando a economia brasileira.

No primeiro bloco Benito foi indagado sobre quais seriam as melhores formas para atravessar a crise brasileira, respondendo que ao falar em crise é importante mencionar para quem esta crise está direcionada diretamente, sendo que, a grande indústria, a construção civil e os bens de consumo duráveis foram mais afetados, o pequeno varejo, e os serviços serão atingidos, na visão dos economistas apenas tangencialmente.

Em seguida perguntado sobre sobre orçamento doméstico, Benito disse que seria possível atravessar a crise através do estabelecimento de melhores critérios para o consumo, no qual pode ser dividido entre consumo de bens essenciais e superfulos, sendo que é no segundo item que se deve haver um corte de despesas, sempre tendo em vista que num cenário de alta inflação e de aumento de desemprego, acompanhados de um viés de alta da taxa de juros, a manutenção de níveis exagerados de consumo com acesso a financiamentos pode não ser uma alternativa viável e colaborar com a ampliação do aperto financeiro.



No segundo bloco o economsita foi questionado sobre uma iniciativa de consultoria de apoio a pequenas empresas e se medidas como aquelas colaboram com a sobrevivência das empresas em períodos de crise, após uma resposta afirmativa, Salomão afirmou que as melhores medidas para ajudarem aos empresários à superarem as dificuldades são, em geral, medidas pró competitividade e pró concorrência, as primeiras no sentido de elevar a produtividade através do acesso à educação, tecnologia e inovação, a segunda está intimamente relacionada com o aumento da concorrência e a melhora do ambiente de negócios.

Em seguida, perguntado sobre uma possível temeridade para novos investimentos na dada conjuntura Benito Salomão disse que é preciso ter responsabilidade para expandir num momento de crise, preservar o caixa das empresas e evitar o empréstimo de recursos para a expansão, que na crise se manifestam boas oportunidades de negócios uma vez que o dinheiro se torna mais caro, privilegiando quem preservou o caixa e não alavancou.

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